Otto

Eu sei, eu sei... ando meio sumida. Mas como hoje é sábado posso escrever com calma!! Finalmente.... rs.

Tenho muitas novidades para vocês que passam por aqui!

Agora estou trabalhando com jornalismo musical!! De verdade!! rs... e por isso agora terei mais coisas para colocar aqui no ver.ouvir, vou fazer o possível para, tudo o que eu fizer, colocar aqui também!

Bom, começo pela entrevista que fiz com Otto! É, esse autógrafo aí em cima foi fruto dela! rs... Foi a primeira coisa que fiz. A entrevista vai aqui abaixo, mas antes gostaria de fazer uma observação sobre ele... rs





Fotos: Diego Vagalume

Durante a entrevista ele foi MUITO legal, falou conosco tudo e mais, e falou coisas muito legais, como verão no texto. Mas... 3h depois, no show, que diferença!! huauahuhuahuhua. O cara tava doidão... é... doidão mesmo!!! Mas juntando tudo, valeu muito a pena. O show em si, poderia ter sido melhor... é.... mas pelo menos ele deu uma entrevista bem legal, e isso valeu muito.

Bom, então vamos lá! Vamos à entrevista. Espero que gostem, e ME ESCREVAM!!! rs...

Ahh!! As fotos são do meu colega Diego, ele estav
a no show também e fez essas fotos bacanas!

"Eu gosto muito dessa nova geração de músicos, é menos cabeça dura do que a minha." Otto

A sonoridade de Otto sempre chamou a atenção de quem gosta de música alternativa, e também de quem curte música brasileira em geral. Otto vem mostrando em suas músicas a influência do som de Pernambuco, sua terra natal, e também de outros sons brasileiros.
Diego - Equipe Vaga-lume
Otto

Em busca de novos sons, Otto deparou-se com a música eletrônica, que passou a influenciar muito o seu trabalho. Em "Bob", do álbum "Samba pra Burro", pode-se perceber isso claramente.

O primeiro disco deste pernambucano de 40 anos já completou uma década de lançamento. "Samba pra Burro" surgiu com a influência da banda "Chico Science & Nação Zumbi" e do "Mundo Livre S/A", e nesta segunda foi percussionista e participou dos dois primeiros discos.

Agora o cantor e compositor trabalha em seu novo projeto, "Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranqüilos", que ainda não tem data para lançamento. Mas ele já nos adiantou que será lançado de um jeito diferente...

Quer saber mais? Então vamos lá.


Como foi para você dividir algumas faixas dos discos com artistas como Rita Lee, Max de Castro, B-Negão, entre outros?


Nos meus discos sempre têm parcerias como com Fernanda Lima, Maria Paula, Apollo 13, Charlie Brown Jr. E neste CD próximo vão aparecer novas parcerias, como Alessandra Negrini, Céu, Lirinha, Julieta Venegas. Eu gosto muito de vozes femininas, gosto muito de fazer duo, para mim funciona muito. E gosto de chamar também pessoas que não são conhecidas como cantoras.


Como estão os shows da turnê? Você está fazendo algo de diferente em relação à tour anterior?
Eu nunca tive cenário, eu acredito que quanto mais “seco” eu for, mais real eu vou ser. Eu ainda não estou na hora de colocar muitos efeitos, ainda acredito que eu tenha que fazer a coisa seca, porque eu me sinto menos cobrado. Meus shows costumam ser assim, entrou um disco eu vou colocando as músicas novas, tem música que eu não posso deixar de tocar, como Bob, Dias De Janeiro, Por Que. E tem músicas que depende muito do dia, cada hora toco uma diferente. Eu adapto ao lugar que eu estou, em Garanhuns pesei mais para baião, em cidade de praia gosto de fazer ciranda, sons mais praieiros, sempre toco Chico Science, Martinho da Vila, sempre trago um repertório paralelo, eu sou meio caos, eu adoro o caos, eu gosto de transformar, gosto que as pessoas saiam do meu show com uma sensação até estranha, vou adorar mais ainda, se gostar também vai ser ótimo. O melhor show é sempre o último.


Por que o nome "Sem Gravidade" para o seu terceiro disco?


"Samba pra Burro” é porque fala muito de samba, “Condom Black” foi uma brincadeira com o nome, como "candomblé". Sem Gravidade no sentido de não ter problema, estar voando, sem chão.


Viajar para lugares paradisíacos como a Chapada Diamantina durante a produção do disco fez com que as idéias fluissem melhor?
Para abrir a mente. Eu fui para lugares onde o ecossistema te deixa muito leve, fui para a Chapada Diamantina, Amazônia e Califórnia. Foi um disco muito romântico, pois eu estava em início de casamento.


A música "Por Que" é a mais procurada pelos nossos internautas, e toca bastante em rádios de São Paulo. Fale um pouquinho sobre esta música para nós. Qual é a historia dela?

Escrevi esta música por causa de uma namorada, que chorava por estar sozinha, para ela parar de chorar porque eu queria dividir com ela o meu amor. Essencialmente é uma música de amor.


"Sem Gravidade" tem uma sonoridade menos eletrônica do que os discos anteriores. Por que esta cara mais "acústica"?
A tendência é sempre mudar, pode ser que mais tarde volte para algo mais eletrônico.


O programa da MTV "Viagem ao Centro do Brasil" foi muito interessante, pois mostrou momentos e lugares diferentes do que se costuma mostrar em programas de turismo. Como foi para você pegar um carro e sair por aí "procurando" lugares e pessoas diferentes do Brasil?



Eu estava independente, precisava gravar meu disco, precisava gerar recursos, e aí eu liguei para a MTV e falei: me arranja um carro, porque eu tenho um programa aqui para viajar. Eu juntei ali tudo o que eu gosto. Eu adoro dirigir, adoro viajar. Muita coisa acontece comigo em viagem, eu acreditei que nessa viagem eu pudesse mostrar essa coisa que acontece comigo, e que fosse filmado. Teve muita coisa que não foi filmada, e teve coisa que eu tive o prazer de filmar, mas aconteceu muito mais coisa quando a câmera não estava ligada (risos). Não tínhamos muitos aparatos, éramos só nós e a câmera. Foi uma experiência muito legal, porque eu conheci mais o Brasil, conheci pessoas maravilhosas.


O "Samba pra Burro" está fazendo 10 anos. Como você vê hoje a estréia desse disco? Você sente a influência dele em outros artistas, como o Mombojó?

Mombojó é da minha terra, Pernambuco. Existem duas gerações: eu vim do Mundo Livre S/A, Nação Zumbi. Daqui a pouco eu vi o Cordel do Fogo Encantado chegar, dali a pouco veio o Mombojó. E agora vem uma terceira geração, como a Orquestra Contemporânea de Olinda. Eu gosto muito dessa nova geração, é menos cabeça dura do que a minha. Mas quem quebrou a cabeça fomos nós. Faz parte do ciclo, alguém tem que quebrar a cabeça primeiro.


E quanto ao seu novo projeto? Tem data para lançamento?
"Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranqüilos" ainda não tem data de lançamento. Talvez seja lançado pela internet, estou estudando as possibilidades. As minhas músicas são feitas pelo meu público, e este novo CD é para este público.

Pra ouvir Otto, clique nos videos abaixo:








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